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Mostrando postagens de setembro, 2020

Lacerado

São momentos como este no qual te escondes por detrás desses óculos quadrados que me pergunto desde quando tenho ignorado os sinais. Eu, cuja maior fraqueza fora sempre a inabilidade de entender sutilezas, até mesmo eu, tenho percebido essas desculpas vazias e os segundos de silêncio e surpresa que antecedem cada uma delas. E então, tenho essa dupla sensação de que te vejo pela primeira vez, mas que te conheço desde sempre. Como um desconhecido cujo rosto é familiar. Como um déjà vu . Como um sonho. Como as perguntas que me faço em pensamento. Isso sou eu te odiando? Sou eu te odiando como nunca mais havia feito? Ou isso sou eu te amando? Te amando novamente, mesmo que eu não tenha certeza? E reconheço que não é a primeira vez que me faço essas perguntas, não é a primeira vez que duvido ou tenho medo. Nem sequer é a primeira vez que sinto estar à beira das lagrimas. Se eu chorar tudo o que posso por nós, serei capaz de alcançar algo? Ao som do teu suspiro (Cansado? Desarmado?) minha me