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Mostrando postagens de maio, 2014

fenômeno aparente

Eu ando pelos corredores vazios e à medida que dobro cada esquina, me pergunto para onde diabos estou indo. Minha mente vagamente sussurra “lá”. Onde diabos é “lá”? Nem sequer sei por que estou dando voltas no mesmo lugar, seguindo as linhas do chão como se elas soubessem melhor do que eu meu destino. É sexta e todos os caminhos estão lúgubres. Mas poderia ser qualquer outro dia, qualquer outra hora e ainda assim teria me sentido sozinha. Deixada para trás como uma criança esquecida na escola ou perdida na multidão. Eu dobro outra esquina observando a linha a frente de meus pés e por pouco não percebo que és tu passando por mim. Tu, acenando nesse gesto que herdamos de nossos ancestrais asiáticos. Nesse leve, quase imperceptível movimento de reconhecimento. E pela primeira vez eu não te devolvo. Finjo que não te vi e penso comigo mesma, que ironia é essa que nos faz cruzar caminhos quando meu coração busca incessantemente um lugar para ficar, sentir-se em casa. Às vezes, nesses b