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Mostrando postagens de novembro, 2010

Sobre o silêncio

Eu não posso dar o braço a torcer. Não agora que eu percebi que sinto falta das partes boas, que sinto falta do cheiro de limão no teu cabelo, do Chanel nº 5, das tuas roupas de linho. Porque não via tua solidão, enquanto eu tentava esconder a minha. Mas agora que estourei a bolha de proteção e tudo aquilo que amo em ti já não existe mais porque a sombra da pessoa que fostes me assombra com cada palavra não dita e com cada minúsculo esforço que fazes para dizer meu nome em voz alta porque não queres parecer infantil, quando na verdade o que queres dizer é: não sei dizer, não nos falamos mais. Tu não queres dar o braço a torcer. Não quando eu comecei a procurar por toda e qualquer desculpa, para fingir que não quero te dizer como eu tenho passado, quais meus planos e os medos que tenho de seguir em frente sem teus conselhos. Mas agora que estourastes a bolha de proteção e tudo aquilo que te orgulhavas em mim já não cabe mais porque o rastro da pessoa que me tornaria se perdeu em cada