JTM - 5873
Eu disse uma vez e repito. Odeio dirigir. Não tires conclusões precipitadas a respeito das minhas habilidades. Coordenação me falta um pouco, contudo insuficiente para que eu não possa olhar e pensar ao mesmo tempo. Por isso vou ignorar teu olhar reprovador e sentar ao volante.
Eu não quero saber se é julho ou não. Vou baixar o vidro e respirar o ar empoeirado da estrada escura emoldurada de árvores a nossa frente, e partilhar um pouco desse jogo de ciano e amarelo. Discretamente vou-me olhar pelo espelho retrovisor, o jeito como estou sorrindo, porque estas me levando de volta para casa.
E mesmo que eu sinta o cheiro do teu cabelo lavado bem ao lado, não posso te encarar, ainda. Eu me volto para o céu limpo e azul elétrico e com os olhos apertados vou fazer força para lembrar a diferença entre estrelas e planetas. Quem brilha mais? Provavelmente eu, iluminada por tua vontade de me levar de volta para casa.
E eu posso ver o capô retorcido. “Eles bateram?” Eu pergunto de um jeito idiota e te vejo sorrir. Ou melhor, eu te vejo. Ainda com o pé no freio, nem sei o porquê. De algum modo o mundo e suas colisões frontais não me importam.
Nada importa mais do que as respostas que eu recebo do teu rosto encoberto pela sombra da noite e recortado pelo sorriso das minhas ações.
- Eu posso ser teu orgulho e tua coragem, quando estiveres envergonhada. Posso ser teu guia, quando precisares de direção.
Eu não quero saber se é julho ou não. Vou baixar o vidro e respirar o ar empoeirado da estrada escura emoldurada de árvores a nossa frente, e partilhar um pouco desse jogo de ciano e amarelo. Discretamente vou-me olhar pelo espelho retrovisor, o jeito como estou sorrindo, porque estas me levando de volta para casa.
E mesmo que eu sinta o cheiro do teu cabelo lavado bem ao lado, não posso te encarar, ainda. Eu me volto para o céu limpo e azul elétrico e com os olhos apertados vou fazer força para lembrar a diferença entre estrelas e planetas. Quem brilha mais? Provavelmente eu, iluminada por tua vontade de me levar de volta para casa.
E eu posso ver o capô retorcido. “Eles bateram?” Eu pergunto de um jeito idiota e te vejo sorrir. Ou melhor, eu te vejo. Ainda com o pé no freio, nem sei o porquê. De algum modo o mundo e suas colisões frontais não me importam.
Nada importa mais do que as respostas que eu recebo do teu rosto encoberto pela sombra da noite e recortado pelo sorriso das minhas ações.
- Eu posso ser teu orgulho e tua coragem, quando estiveres envergonhada. Posso ser teu guia, quando precisares de direção.
Todo o tempo.
Por todo o tempo.
Eu reconheço essa verdade deslizando sobre minhas angústias, enquanto tu, mesmo no banco do passageiro, estás me levando de volta pra casa. Eis o motivo.
Exposto em mim. E no desafio de aqui estar.
shelhass
Baseada na música Passenger Seat por Death Cab For Cutie
Por todo o tempo.
Eu reconheço essa verdade deslizando sobre minhas angústias, enquanto tu, mesmo no banco do passageiro, estás me levando de volta pra casa. Eis o motivo.
Exposto em mim. E no desafio de aqui estar.
shelhass
Baseada na música Passenger Seat por Death Cab For Cutie
Comentários
E o livro não é novo não. É de 1984, se não me engano ;)
Cheio de metaforas incriveis!
Beijoooo da Cah
Ps. Adoro dirigir...
todos os trechos entre aspas no meu blog são músicas, poemas ou fragmentos de livros, textos, poemas... e aquele trechinho no final do post q vc leu é uma música de Teatro Mágico . :D
=*
ela e a arrogância me difiniriam ;)
;*
=*
:)
Ah,add teu blog no meu blogrroll
mágico !!
por demais.
beijo