buraco de alfinete
Tu embalas a rede com os pés, mantendo os olhos fechados. Tenho uma vontade louca de te esmagar num abraço. Me aninho ao teu lado sem dizer nada. Logo sinto tua respiração quente nos meus cabelos e penso nesse segredo que quero te contar. Hum-hum. De quando, no escuro dos meus pensamentos... eu te sinto nas minhas digitais e minha mente gira loucamente com imagens que mais parecem saídas de um livro de olho mágico – tão extraordinárias quanto os segundos luminosos do meu corpo em êxtase. Será que lembras? Daquele momento no qual te pedi abrigo e a luz incandescente dos teus olhos marcou minhas retinas límpidas, feito o flash daquela Canon cinza antiga. Sabes, às vezes preciso te dizer que era tudo real. Nunca precisei falsear os reflexos brilhantes das curvas dançantes na minha mente. Até agora, nesse momento de calmaria, enquanto a tarde atravessa as frestas... minha cabeça se enche de borrões coloridos. Lembras? Das nossas pernas entrelaçadas na sombra que a cortina produzia naq...